Estranhei nesta semana o editorial
do Jornal da Bandeirantes.
Quando o apresentador anunciou que
o grupo Bandeirantes iria fazer um editorial sobre o decreto do Presidente Jair
Bolsonaro sobre a liberação do porte de armas, achei que iam meter o pau. Qual
não foi minha surpresa ao ver o comentário favorável ao decreto.
Não sei se todos se lembram, talvez
apenas os mais velhos, quando em 2005 foi feito um plebiscito para saber se a
sociedade brasileira queria a proibição da venda e porte de armas ou não.
Lembro que votei para que fosse proibido até porque nunca me envolvi com armas
e sempre tive em mente que não havendo armas nas mãos de ninguém não haveria
mortes de inocentes.
Lembrei-me inclusive dos
filmes de Bangu Bang onde o xerife Wyatt Earp obrigava a todos os moradores e
visitante da cidade de Tombstone a deixarem suas armas na delegacia. Sem armas
nas mãos das pessoas, sem crimes.
Mas aqui no Brasil nossa população
decidiu diferente. Queríamos armas. E bradavam os defensores de podermos ter
armas pelo direito individual de cada um decidir o que queria fazer de suas
vidas. Liberdade individual.
Aliás em nome desta liberdade muitos
crimes têm sido cometidos e ficado impunes, ou essa liberdade tem sido aviltada
quando fere o interesse de poderosos. Enfim as armas foram liberadas pela
vontade da população, mas não pela vontade do governo na época.
Apesar de 63% dos votantes
escolherem pela liberdade da comercialização de armas o Estatuto do
Desarmamento não liberou totalmente esta possibilidade e vez ou outra uma nova
lei ou decreto ora endurece, ora facilita. Sempre em desrespeito a opinião da
sociedade expressa no referendo de 2005.
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