segunda-feira, 13 de maio de 2019

COM ARMAS OU SEM ARMAS ?


Estranhei nesta semana o editorial do Jornal da Bandeirantes. 

Quando o apresentador anunciou que o grupo Bandeirantes iria fazer um editorial sobre o decreto do Presidente Jair Bolsonaro sobre a liberação do porte de armas, achei que iam meter o pau. Qual não foi minha surpresa ao ver o comentário favorável ao decreto. 

Não sei se todos se lembram, talvez apenas os mais velhos, quando em 2005 foi feito um plebiscito para saber se a sociedade brasileira queria a proibição da venda e porte de armas ou não. Lembro que votei para que fosse proibido até porque nunca me envolvi com armas e sempre tive em mente que não havendo armas nas mãos de ninguém não haveria mortes de inocentes.

Lembrei-me inclusive dos filmes de Bangu Bang onde o xerife Wyatt Earp obrigava a todos os moradores e visitante da cidade de Tombstone a deixarem suas armas na delegacia. Sem armas nas mãos das pessoas, sem crimes. 

Mas aqui no Brasil nossa população decidiu diferente. Queríamos armas. E bradavam os defensores de podermos ter armas pelo direito individual de cada um decidir o que queria fazer de suas vidas. Liberdade individual. 

Aliás em nome desta liberdade muitos crimes têm sido cometidos e ficado impunes, ou essa liberdade tem sido aviltada quando fere o interesse de poderosos. Enfim as armas foram liberadas pela vontade da população, mas não pela vontade do governo na época.

Apesar de 63% dos votantes escolherem pela liberdade da comercialização de armas o Estatuto do Desarmamento não liberou totalmente esta possibilidade e vez ou outra uma nova lei ou decreto ora endurece, ora facilita. Sempre em desrespeito a opinião da sociedade expressa no referendo de 2005. 

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