quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CLOUD COMPUTING ou COMPUTAÇÃO NA NUVEM

Este assunto tem volta e meia aparecido na mídia sempre dentro do enfoque da confiabilidade desta modalidade de serviços de tecnologia da informação. Lendo esta semana um artigo da PCWorld assinado por Tony Bradley, me veio à mente a vontade de me dedicar um pouco mais profundamente nesta questão. Afinal, “você pode confiar na nuvem"? Eu responderia "SIM". Afinal o que é a nuvem? Quando você coloca seus serviços de TI na nuvem você esta colocando onde? Naquela nuvenzinha branca que esta lá no céu e parece as vezes um carneirinho vagando ao sabor do vento? Claro que não. Por trás desta ideia de nuvem esta uma empresa provedora de serviços com toda sua capacidade de gestão, equipamentos de ultima geração, profissionais especializados, sistemas de redundância a falhas, data centers de contingencia etc., tudo para lhe prestar o melhor e mais confiável serviço. Ou não! Pois é, o ponto central não é saber se você pode confiar na nuvem, mas sim se você pode confiar no provedor de serviços na nuvem que você esta contratando para sua empresa. 
A infraestrutura de TI que um provedor utiliza para lhe prestar serviços, não é diferente da qual você teria que ter para trabalhar com sua própria estrutura interna. São equipamentos elétricos, eletrônicos sujeitos a falhas e quebras como qualquer outro. A questão esta justamente na maneira como esta infraestrutura esta montada e gerenciada. 
Ao contratar um provedor de serviços em nuvem, você deve verificar se este provedor tem a competência necessária para lhe atender. Se a insfraestrutura esta adequada e bem gerenciada, se existem procedimentos de resistência a falhas, como nobreaks inteligentes, redundância de servidores, redundância de links de acesso, qual a disponibilidade oferecida e qual a efetivamente entregue. Enfim, você deve analisar as características do seu provedor da mesma forma que avaliaria a sua própria.
Não devemos esquecer que para acessar seus dados na nuvem você também vai precisar de alguma estrutura interna, como link de dados para poder ter acesso ao provedor, condições mínimas de  redundância para falhas de energia elétrica, etc. Afinal a infra do provedor pode estar perfeita e acessível, mas se seu link de dados estiver fora do ar você não chega até lá.
A resposta para a pergunta "você pode confiar na nuvem?" é de fato SIM! Mas como diz o ditado para se confiar é preciso conhecer, e para conhecer é preciso pesquisar, participar conferir e auditar. Colocar seus dados na nuvem não significa passar o problema para um terceiro e deixar que ele se vire. Significa utilizar os recursos de um terceiro para obter os serviços desejados com eficiência e para isso é preciso cuidar.
A outra questão que surge é se é melhor colocar seus dados em um grande provedor internacional ou utilizar provedores locais de menor porte? Neste caso a sugestão é trabalhar com provedores do tamanho da sua empresa. Afinal os grandes provedores como Microsoft, Google etc. geralmente atendem grandes clientes. Se você é um cliente de porte médio ou pequeno e for conversar com seu provedor que atende grandes contas, certamente você ficará em segundo plano. Por isso trabalhar com parceiros de porte similar ao seu é uma boa dica. Com isso você será para esse parceiro um grande cliente, representa um certo peso no faturamento dele e portanto, tendo voz ativa quando precisar discutir aspectos dos seus serviços. Atualmente no Brasil existem ótimos provedores de computação em nuvem de médio porte com qualificação e estrutura profissionais adequadas e atendendo a todas as normas de segurança necessárias.

RESULTADO COM SERVIÇO !

Muito tem se falado nos termos infraestrutura com serviço, software como serviço, plataforma como serviço enfim, para se designar a modalidade de utilização de recursos de informática nas empresas sem a necessidade de se ter uma estrutura própria. Mais recentemente o conceito de Cloud Computing ou computação na nuvem tem frequentado as mesas dos gerentes e diretores de TI das Empresas. Há alguns anos que venho atuando como Gestor de Tecnologia de Informação de empresas de Grande porte tanto como Gerente quanto em nível de Diretoria. Um ponto que sempre me preocupou foi o fato de que para se obter um serviço era necessário se envolver com a aquisição de equipamentos, softwares, profissionais qualificados enfim. Mas de fato o que eu queria era o resultado disso tudo. Se eu estava tendo problemas, por exemplo, com o recebimento de muitos emails indesejáveis, eu queria uma solução para o problema. Mas para ter essa solução eu tinha que fazer todo o trabalho. Comprar equipamento, software, etc. Mas eu queria apenas resolver meu problema. "Não receber mais email indesejáveis". O mesmo acontecia quando eu precisava resolver um problema de contingencia em minhas instalações de TI. Eu tinha que montar um datacenter alternativo, como contingencia. Mas eu não queria mais uma estrutura complexa de servidores, sala climatizada, cabeamento, ar condicionado etc. Eu queria apenas poder continuar operando caso houvesse algum problema com meu datacenter principal.
O conceito de Infraestrutura como serviço bem como de software como serviço veio resolver este problema. Ou pelo menos colocar uma alternativa para resolver o problema sem gerar tantos novos problemas.
A questão se tornava delicada, no entanto, quando analisávamos os custos e levávamos o assunto para a área financeira da empresa. Porque neste momento entrava a cultura dominante na definição do que é um bom negocio em termos financeiros. A comparação entre comprar e contratar. Afinal comprar os equipamentos e fazer a gestão dos serviços acabava sendo mais barato do que contratar o serviço oferecido por alguém pagando um valor mensal bem pequeno, mas por tempo indefinido. Ai o calculo do valor da compra comparado com o pagamento eterno sempre parecia ser mais interessante comprar do que contratar.
Estas questões certamente ainda povoam as mentes dos executivos de hoje, apesar de que já melhoramos muito em termos de cultura com relação a este aspecto. Mas comparar o custo total de aquisição com o custo total de contratação, ou pagamentos mensais por um determinado período ainda é pratica comum nas empresas e um erro de conceito que muitas vezes impede a tomada mais adequada da decisão. COMPRAR X CONTRATAR. De fato as empresas precisam de SOLUÇÃO, não de ferramentas para se obter a solução. E quando eu contrato uma solução, claro que estarei pagando pelos serviços agregados para que alguém utilizando os equipamentos necessários mais seus conhecimento me apresente a solução. É justo que eu pague por isso - "o conhecimento e entrega da solução pronta". Mal comparando seria o mesmo que eu querer pintar minha casa e comparar o custo de contratar uma empresa especializada em pintura contra o preço de comprar as tintas e materiais e eu mesmo pintar.
Para determinadas necessidades na área de tecnologia da informação, sem duvida contratar a solução traz resultados mais rápidos, mais eficientes, pois conta com a expertise do fornecedor da solução, facilidade na mudança de rumos se necessário, reposição dos equipamentos necessários em caso de falha o pane, enfim tudo isso fica por conta de quem oferece a solução. Para quem contratou o RESULTADO é o produto recebido.